terça-feira, 26 de agosto de 2008

Escalada

Quero sair do abismo.
Esgravato, os dedos em sangue, a garganta seca de terra e pó.
Vejo-te em baixo, dei-te a mão para tentarmos os dois.
E tu, nem queres seguir-me!
Teus dedos não estão em sangue, conformaste-te em estar no abismo.
Cantarei ao chegar, talvez não ouças o eco do meu pranto.
Muito depois vou murmurar "estou saturada de não ser objecto de amor".

1 comentário:

' Claudjinha disse...

gosto muito da maneira de te expressares!