Diariamente o escritor olhava o mar do terraço e observava a mulher que entrava água dentro vestida e sorridente. - É louca!-pensava. Depois, mergulhava nos seus escritos e na sucessão de dias iguais e monótonos sentindo o tempo escoar-se a conta gotas.
Num momento em que o tédio se tornou insuportável e a insatisfação o invadiu uma vez mais, caminhou até ao areal, olhou a imensidão azul e , quase instintivamente entrou no mar sem tirar roupas e sapatos.
O choque da água gelada acordou-o.
Descobriu então que jamais esqueceria aquele banho, diferente dos outros todos, em que não respeitara as convenções mas que o acordara.
Por magia percebeu que até aí se limitara a passar pela vida e a fazer o correcto, o certo... o que os outros esperavam dele. Serenamente, decidiu começar a viver e a sentir intensamente as coisas pequenas. Mergulharia nas águas revoltas uma e outra vez. E, quando lhe chamassem louco, saberia sorrir como só os loucos felizes o sabem fazer.
Num momento em que o tédio se tornou insuportável e a insatisfação o invadiu uma vez mais, caminhou até ao areal, olhou a imensidão azul e , quase instintivamente entrou no mar sem tirar roupas e sapatos.
O choque da água gelada acordou-o.
Descobriu então que jamais esqueceria aquele banho, diferente dos outros todos, em que não respeitara as convenções mas que o acordara.
Por magia percebeu que até aí se limitara a passar pela vida e a fazer o correcto, o certo... o que os outros esperavam dele. Serenamente, decidiu começar a viver e a sentir intensamente as coisas pequenas. Mergulharia nas águas revoltas uma e outra vez. E, quando lhe chamassem louco, saberia sorrir como só os loucos felizes o sabem fazer.

2 comentários:
Grande lição de vida!
Bonito...
.. gostei muito mesmo da tua escrita! Parabéns!
Obrigada pela visita no Traduzir-se!
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