Neste mundo há um tempo para tudo. Tempo para as palavras e também tempo de silêncio. Quando a vida consome a vontade de dizer conversamos em silêncio. Quando as palavras, tantas vezes repetidas, são apenas palavras prefiro o silêncio. Ao menos o silêncio não encobre, não omite nem ilude.
E falo-te agora do mais profundo dos silêncios de quem já não tem mais para te dizer. Só de pensar em articular sons que não alcanças esgota-me. E já nem te oiço… Não escuto esse teu papaguear de frases repetidas que falam dum amor de conto de fadas.
É nesse amor que tu acreditas, no amor dos poetas, da ilusão e do sonho. Um amor para viver em casas à beira mar ou em veleiros que dão a volta ao mundo.
A mim faz-me falta o amor dos pequenos gestos, o amor da rotina partilhada. O amor que sobrevive à luz da vela quando não há luar.
Nesse país de felicidade imaginária em que tu vives, onde não existe mais o eco da minha voz, apenas se ouve agora o barulho das tuas palavras.
Peço-te por isso para ficares calado e escutares este silêncio que nos separa. É um silêncio que fala!
7 comentários:
Cristina,
Que este silêncio possa ecoar e chegar aos ouvidos certos. E que esses ouvidos saibam ouvir este grito silencioso.
Beijos!
Alcides
Quando terão as pessoas a capacidade de escutar o silencio?!
conheço bem o desespero das palavras que não dizem o que queremos por falta de compreensao. Então tens razao, que se fique pelo silencio.
O silêncio é mais incómodo que pedra em sapato!!!
Cristina,
Passo para te desejar um Feliz 2011!
Um beijo!
Alcides
gostas do que escreves ? então cuidado com o plágio..
http://filiparuaz.blogspot.com/2011/02/mau-feitio.html
Cristina,
Passo para te deixar um beijo!
Alcides
Cristina,
Vim para retribuir a sua visita. Mas não quero acordá-la deste silêncio.
Um beijo!
Alcides
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